terça-feira, 18 de agosto de 2009

Dor e desconforto no sexo anal (parte II)

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Enganos freqüentes e soluções


Engano 4:

“Mesmo fazendo com cuidado, percebo que, se em algumas vezes dar o c* é uma delícia, em outras não consigo achar tão delicioso assim; na verdade, surge até uma sensação parecida com diarréia.”

RESPOSTA – Se os parceiros já tomaram as medidas anteriores, a explicação só pode ser a seguinte: esse incômodo ocorre para aquele que faz o papel passivo imediatamente após já ter tido o orgasmo propriamente dito (no pênis), numa relação do tipo “troca-troca”.

Para aquele que começa “usando” o pênis e termina “usando” o ânus, o resultado costuma ser desvantajoso, se não for dada uma boa pausa entre as duas transas. É o que agora trataremos de explicar.

Deixemos claros os termos: denominamos orgasmo do homem a sensação ultra-concentrada de prazer no pênis, muito breve (3 ou 4 segundos), durante a ejaculação.

Já o que chamamos de gozo anal é a sensação voluptuosa de prazer esparsa, pouco concentrada, não tão intensa como o orgasmo, porém longa e muito duradoura, sentida na região interna do ânus, quando os terminais nervosos altamente sensíveis que envolvem esta região, a próstata e a base interna do pênis são estimulados repetidamente.

Quando um homem tem orgasmo, automaticamente há uma forte contração dos músculos desta região, por dentro, para impulsionarem a próstata a liberar o líquido espermático. Depois que isso ocorre, o reto continua contraído e os músculos que o envolvem (e o movem) ficam, literalmente, cansados. Então, qualquer objeto que encostar ali dentro durante os próximos minutos produzirá uma sensação incômoda, nada excitante, que pode inibir quase inteiramente o gozo anal.

Digo “quase” porque sempre resta o fator psicológico (partindo do princípio que a idéia de que “um homem está me penetrando” compensa a diminuição do prazer físico), além de um pouquinho que resta daquela sensibilidade esfincteriana-prostática.

Infelizmente, muitos se deixam penetrar imediatamente após terem o orgasmo e acabam se desapontando, ficando com medo de sexo anal, e desistem dele para sempre, por pura desinformação ou inibição de quererem entender melhor seus próprios corpos.

Assim, se aquele que começou sendo o ativo teve orgasmo, não vai conseguir sentir 100% de prazer na própria bunda se for o passivo imediatamente depois. Apenas bem mais tarde seu corpo estará menos tenso por dentro, naquela “região crítica” – aí será a hora da revanche!

Resumindo: o troca-troca “perfeito” se realiza OU quando ambos os parceiros têm orgasmo simultaneamente, OU quando se faz uma pausa considerável entre as duas “trocadas” (caso o ativo da 1ª parte tiver orgasmo antes do passivo).


Engano 5:

“Sexo anal freqüente pode provocar lesões no intestino, ou hemorróidas.”

RESPOSTA – Bom, aí depende de dois fatores: o tal “freqüente” e o modo como é feita a transa. É claro que se deve evitar a violência. Não que uma boa seqüência de fincadas vigorosas seja uma violência, mas, se o casal gosta de transar num ritmo mais pesado, então cada parceiro deve ser o passivo no máximo umas duas vezes por semana, pois, caso contrário, o reto pode começar a doer sempre.

Por outro lado, aqueles que fazem devagarzinho, cuidadosamente, até podem fazer amor todos os dias, se quiserem e tiverem oportunidade. Podem ainda alternar a vez de quem vai ser o passivo e quem vai ser o ativo, de acordo com o dia – é uma opção.

Que fique bem claro: o “ambiente” do interior da bunda tem seus limites. A ampola retal tem normalmente 15 ou 16 cm de profundidade; depois disso vem a primeira curva brusca do intestino grosso (ou cólon), lá no fundo (na região denominada sigmóide). Ora, mesmo que o interior possa se esticar um pouco mais, dificilmente conseguirá conter inteiramente um objeto que mergulhe a mais de 17 cm. Não se deve insistir em meter tudo em casos assim; aí poderia haver uma contusão ou lesão.

Deve-se também prestar atenção na direção do canal retal. Ele segue a curvatura da coluna vertebral, direto para o alto. Assim sendo, o pênis penetrante não deve invadir diretamente em linha reta, como que cortando o meio do corpo do passivo, pois aí poderia se chocar violentamente com a bexiga. Portanto, no caso de uma transa na posição de quatro, ou de bruços, ou de pé, o pênis deve preferencialmente seguir para cima, acompanhando a curvatura da bunda. Já na posição “frango assado”, feita com os parceiros de frente um para o outro, o pênis penetrante deve orientar-se ligeiramente para baixo.

Também não se deve imitar o ritmo dos atores de filmes pornográficos mais “barra-pesada”, que exploram todos os limites do corpo humano. O “atletismo sexual” não é necessariamente um fator de prazer, embora possa ser excitante vê-lo em filme. Um pouco de sutileza sempre cai bem.


Engano 6:

“As campanhas informativas dizem que o sexo anal provoca sangramentos, e é por isso que há grande facilidade de ocorrer contágio de HIV. Ora, se há pequenas hemorragias, isto é certamente ruim e doloroso!”

RESPOSTA – A maioria das campanhas informativas não explica como se deve praticar sexo anal adequadamente. Elas nos fazem crer que ele será sempre violento. Se bem que, de fato, quase todos que o praticam agem realmente sem o devido conhecimento, não sendo de se estranhar que chegue a ocorrer problemas, nestas condições... Mas, se as dicas aqui forem observadas, os males serão todos prevenidos.

O que pode ocorrer, no máximo, nas transas que passam só um pouquinho dos limites, são as ditas microlesões, que, como o nome indica, são tão micro, que ninguém consegue sentir e muito menos há sangramento... É ainda mais insignificante que a irritação provocada na pele do rosto de quem se barbeia de modo apressado (irritação: nunca corte, porque microlesão nem mesmo significa corte, mas só arranhadura leve – e, mesmo assim, é preciso ser mesmo muito “chucro” para provocar arranhadura com um objeto liso, feito de carne, como o pênis, que nem sequer é áspero!).

É verdade que mesmo as arranhaduras microscópicas podem permitir a passagem do HIV. Não se pode esquecer disso. Mas isso não significa, em hipótese alguma, que a mera presença desses arranhamentos microscópicos provoque dor ou desconforto durante o ato sexual. Ninguém consegue senti-las, e, se sentisse alguma coisa, então aí já não seriam mais microlesões...

Apenas no caso de serem inseridos objetos estranhos e ásperos, o reto e o ânus poderão sangrar mesmo. É só uma questão de bom-senso.


Engano 7:

“O intestino não foi feito pela natureza para servir ao ato sexual, e é por isso que surgem tantos incômodos nesta relação.”

RESPOSTA – Ora, é só incômodo para quem não conhece os fatos. Conhecendo e praticando, é o “paraíso”!

Em 1o lugar, devemos saber que “contra a natureza” não é o mesmo que “acrescentar” algo a ela. O sexo anal bem realizado não é “contra” coisa alguma, porque não destrói nada na natureza. Se fosse um gesto violento e precipitado, aí sim seria uma legítima destruição, algo antiético e antiecológico. Mas e sexo anal é apenas um acréscimo na natureza, sem a perverter. E digo mais: ele é um verdadeiro progresso humano (os animais não sabem fazê-lo!), sinal de criatividade e versatilidade digno de parabenizações, e podendo ainda a vir a contribuir para a estabilização dos relacionamentos, inclusive e principalmente entre os heterossexuais. (“Salvar casamentos” não implicaria “salvar famílias”?) É um tipo de carinho, uma carícia profunda, jamais uma perversidade.

Em 2o lugar, se aquilo que for acrescentado à natureza pelo homem servir algum propósito benigno (e carinho e afeto são sempre algo bom), então estará servindo à própria natureza, sendo desta forma perfeitamente natural. Desde quando um puro gesto de afeição e amor ao próximo pode ser contra a natureza?


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3 comentários:

  1. Belo comńtario! Que bom seria se a humanidade pensasse dessa forma com "naturalidade" da natureza. Vejo o contrário!

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  2. Na verdade você está enganado sobre "animais não fazem sexo anal". Fazem sim, procure animais gays no Google.

    O que muda é o objetivo: entre cães, por exemplo, o sexo anal homossexal é um tanto semelhante ao humano. Entre os bonobos, espécie de macacos, praticamente todo os indivíduos são bissexuais. Entre os alces, os machos disputam o controle sobre grupos de fêmeas e, quem perder o duelo, antes de ir embora, será passivo do que ganhou - após essa transa, o perdedor vai embora.

    Talvez não todas, mas muitas espécies têm sim indivíduos homossexuais que praticam sexo anal. Já está comprovado!

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